MENTE INQUIETA

Mente inquieta

Esse blog existe desde março 2009 (o domínio antigo era jayetros.blogspot) e como estamos em 2021 isso significa que ele já tem 12 anos. 12 anos! Eu já fui muitas pessoas aqui, já quis ser muitas pessoas e ás vezes me pego lendo as postagens de um menino de 20 anos cheio de sonhos e traço um paralelo da pessoa que hoje me tornei e fico perguntando a mim mesmo o que o eu daquela época diria para o eu de hoje.

Bem, eu sou o Jay e atualmente tenho 33 anos. Sou fisioterapeuta formado e uma pessoa naturalmente inquieta, questionadora e barraqueira quando tem que ser. Nasci sob o signo de leão e talvez venha daí o meu ser temperamental e dramático. No futuro quando for mudar o layout pela milésima vez talvez essa descrição já seja outra. Num resumo bastante sucinto é isso.

quarta-feira, 5 de maio de 2010


Hoje me senti um pouco melhor para sorrir, a vida é feita disso superação neah? Eu estou tentando, estou sim. Sei que nesse momento, definitivamente não estou sozinho. Como queria poder te ligar agora e ficar falando besteiras por horas, como me faz falta ouvir tuas baboseiras ou teus problemas pessoais. Mas sei que nesse momento, eu não sou uma boa companhia. De qualquer forma meu amor por você aumenta cada vez mais e mais, mocozada! Deveria estar feliz porque escrevo coisas maravilhosas, mas tenho a sensação de que me falta algo. Vai saber... Palavras me faltam nesse momento. É estranha essa sensação, eu sou a pessoa mais estranha que eu conheço. Eu passo tão rápido pela vida das pessoas que às vezes, eu não sou notado. Fiz muitos planos para 2010, e espero cumprir todos. O ano começou positivo fato, mas tive que aprender muita coisa na marra. Aprendi que ser bom demais atrapalha, aprendi que para conviver bem com as pessoas é necessario engolir alguns sapos, aprendi que as piores pessoas são aquelas que mentem sem necessidade. Entrar no teatro foi um crescimento muito grande para mim, conheci as melhores e as piores pessoas da minha vida. Logo quando entrei me chocava com absolutamente tudo, porque para uma pessoa como eu, com a educação que tive só o fato de ver pessoas se drogando, fazendo orgias e tantas outras coisas que a sociedade condenaria, me deixava plerpexo. Hoje em dia agradeço a minha mãe, aos meus professores e a todos que ajudaram a formar meu carater, porque é por conta deles que eu não me deixei levar pelas más influencias e ter caido nesse submundo. Posso dizer sem o menor peso na consciencia, não precisei fazer nada disso para me sentir melhor. Estou triste agora, mas sei que vou superar, sou como a fênix que sempre irá surgir das cinzas. Se aconteceu dessa forma era porque tinha que acontecer mesmo, e eu tenho obrigação de seguir adiante com os meus sonhos, meus ideais e minha dignidade. Ate porque essa atitude não aconteceu por um erro meu, ou por alguma coisa que disse simplesmente eu não estava sendo interessante no momento. Paciencia tem que entubar. Minha mãe é o melhor exemplo para mim, ela já passou por tanta coisa e nunca desistiu dos objetivos por mais que todos falassem que não daria certo, ela seguiu em frente e hoje é a profissional bem sucedida que é. É obrigação minha como filho seguir os mesmos passos... Como diz Clarice Lispector no poema abaixo: Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Vou nessa, =*meliga.
 Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei o mesmo pra sempre!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

Nenhum comentário: