MENTE INQUIETA

Mente inquieta

Esse blog existe desde março 2009 (o domínio antigo era jayetros.blogspot) e como estamos em 2021 isso significa que ele já tem 12 anos. 12 anos! Eu já fui muitas pessoas aqui, já quis ser muitas pessoas e ás vezes me pego lendo as postagens de um menino de 20 anos cheio de sonhos e traço um paralelo da pessoa que hoje me tornei e fico perguntando a mim mesmo o que o eu daquela época diria para o eu de hoje.

Bem, eu sou o Jay e atualmente tenho 33 anos. Sou fisioterapeuta formado e uma pessoa naturalmente inquieta, questionadora e barraqueira quando tem que ser. Nasci sob o signo de leão e talvez venha daí o meu ser temperamental e dramático. No futuro quando for mudar o layout pela milésima vez talvez essa descrição já seja outra. Num resumo bastante sucinto é isso.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Futilidades.com



Quando eu era pequeno havia as pessoas legais e as pessoas simples. Com as pessoas legais, sempre tínhamos algo fútil que durava no máximo três semanas e com as pessoas simples tínhamos sempre coisas sem graça, nem glamour que duravam para sempre. Quando eu olhava para essas pessoas, eu via outro mundo, eu sonhava com um mundo cheio de coisas perfeitas. Um mundo onde as pessoas descoladas tinham o que queriam, eram bonitas, pareciam príncipes, princesas, deuses... E elas nem precisavam de dinheiro porque tinham cartões de crédito. E eu queria ser um deles, mal sabia eu que me tornaria um. Quando mudei para Recife conheci novas pessoas e novos horizontes. Porque você sabe quando você vê alguém bonitinho e ele sorri, quando você olha? Seu coração fica tipo manteiga derretida em cima de uma torrada quente. É assim que eu me sentia com alguns deles, só que era melhor. Eu pensava que ao lado deles eu não precisava que ninguém me amasse ou tratasse bem porque eu tinha a fama e isso bastava. Só que essas pessoas não são roupas que a gente pode trocar sete dias depois por algo da nova coleção de Oscar de La renta ou alguma peça da Colcci. As pessoas descoladas eram legais, me faziam despertar o desejo por coisas que eu nem se quer sabia que precisava. Só que eu não tenho saco para isso. Chega uma hora que a gente se pergunta: É isso mesmo que eu quero para o resto da minha vida? Eu tenho tantos amigos fantásticos e leais, que não precisam passar milhões de chapinhas no cabelo ou litros de rímel nos olhos. Eu só não havia reparado nisso, ainda... Estava vivendo uma mentira e bastou uma noite para perceber tudo isso, um dia você confia em alguém, compartilha segredos e de uma hora para outra esse alguém acaba falando tudo, e o pior, pelas suas costas, cartas, conversas e em um momento isso vira um dossiê que é jogado contra você. O mais doloroso de tudo é descobrir isso por terceiros. Como isso me doeu, talvez eu nunca chegue a ele e diga isso, ou diga, ou ele leia e a carapuça acabe servindo, enfim... Não sei, e também não me importa tanto. Eu só queria que ele fosse sincero, e não encarar uma personagem que eu não sei quem é.

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