Inquietações

Sete horas. O despertador toca, pego o celular e tento adiar por mais dez minutos. Só então levanto e encaro o novo dia que se inicia. O mesmo trabalho chato, as mesmas pessoas, a mesma vida... Ônibus lotado, pessoas apertadas como sardinha em lata. E eu ali, parado. Como se fosse uma figura em preto em branco num album colorido. Primeira parada, várias pessoas vão embora me sinto aliviado e então passo a catraca. A cobradora que deve ser uma lésbica masculina certamente, me dá um bom dia e toca meu ombro com uma intimidade que nunca a dei. Não digo uma palavra, apenas a olho com um olhar gelado e furioso que faria com que qualquer pessoa ficasse constrangida. Respiro fundo e só então sento no mesmo lugar de sempre. Olho a paisagem calado, e nem me importo com o mundo, com eleição, com nada! Tudo para mim não faz a minima diferença. Chego ao meu destino, passo meu cartão e marco meu ponto. Pego o elevador, quinto andar! Minha hora chegou. Entro na minha sala, coloco a bolsa no chão, ligo o computador cruzo as pernas. Telefono para a Demônia, desejo bom dia e aí sim. Meu dia começou.  Relatórios, Excel, Intranet, Pausas, o mesmo ciclo durante oito horas. Nove e meia, Bia chega, abre a porta me oferece o mesmo Charge de sempre, beija minha testa e diz: Bee que saudade de tuh. Eu respondo: Se eu quiser. A gente sorri alto. E começa o Job. Hora do almoço: - Bicha vou almoçar visse, te vira. Ja volto. -Ei! Rê espera eu vou também. (Depois eu continuo, tow com preguiça agora)
Beijo, Beijo.....