MENTE INQUIETA

Mente inquieta

Esse blog existe desde março 2009 (o domínio antigo era jayetros.blogspot) e como estamos em 2021 isso significa que ele já tem 12 anos. 12 anos! Eu já fui muitas pessoas aqui, já quis ser muitas pessoas e ás vezes me pego lendo as postagens de um menino de 20 anos cheio de sonhos e traço um paralelo da pessoa que hoje me tornei e fico perguntando a mim mesmo o que o eu daquela época diria para o eu de hoje.

Bem, eu sou o Jay e atualmente tenho 33 anos. Sou fisioterapeuta formado e uma pessoa naturalmente inquieta, questionadora e barraqueira quando tem que ser. Nasci sob o signo de leão e talvez venha daí o meu ser temperamental e dramático. No futuro quando for mudar o layout pela milésima vez talvez essa descrição já seja outra. Num resumo bastante sucinto é isso.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Dicotomia

 

Passado um ano desde a última vez que postei algo aqui, muita coisa mudou, passei por muitas situações que em algum momento exponho nesse blog. Atualmente meu único problema sou eu mesmo, em algum momento nessa jornada eu me perdi de mim, perdi algo que eu não sei ao certo o que é e ao mesmo tempo sei que perdi. Já não sou mais a pessoa que era antes de vim para cá.

Meu coração está completamente despedaçado por conta de um amor impossível de viver e essa dicotomia entre o racional e o emocional travam uma batalha dentro de mim que eu já não consigo dar conta sozinho. Tenho me refugiado em Isabela quando sinto que não tenho mais como segurar esse universo de sensações que quando saem de dentro de mim quase sempre são em forma de lágrimas. lágrimas de desespero, lágrimas de tristeza e sobretudo lágrimas de ego por saber que tenho algo que não é suficiente para mim.

Por vários momentos me julgo por me sentir assim pois é um comportamento adolescente (e já passei dessa fase faz tempo) mas não consigo controlar. A sensação que me passa é que me tornei uma formiga que se contenta com restos, restos de tempo, restos de atenção, restos de afeto... Eu reduzi quem eu sou para me caber numa situação que nem me cabe e eu sei que não me cabe.

Meus dias tem sido insuportáveis porque estou sempre na expectativa de que ele fale comigo, quando não fala sinto ansiedade, não consigo fazer nada, tenho um sono horrível e estou sempre ali de olho no telefone atrás de uma migalha que seja de atenção... Isso tem me feito tão mal, tem me afetado em tantos níveis dentro de mim que eu só tenho vontade de dormir, dormir para sempre.

Quando ele está com a namorada dele e eu estou presente para mim é o pior dos castigos porque me sinto desconfortável com demonstrações de afeto dele com ela, me sinto mal comigo mesmo por me incomodar com a felicidade de uma pessoa que eu amo e me sinto um monstro, uma pessoa egoísta...

Eu quero conseguir daqui a um tempo ler isso e perceber que foi só uma fase, que é um momento que passou (e que espero não ter nunca mais). Por enquanto, segundo Isa o melhor remédio é o tempo. Mas, quando a gente sofre temos a necessidade de que esse sofrimento acabe logo. Eu preciso me resgatar desse oceano que eu mesmo me afoguei, preciso de um impulso que me tire das profundezas e quando olhar no horizonte sob a água perceber que ainda existe vida, existe graça nas coisas...

Por hora, a muito custo tenho evitado procurá-lo, só respondo algo quando ele me pergunta porque é uma forma de me proteger de mim porque pior que ele falar, sou eu falar e não ter a resposta na hora que quero e na vida quem tem tudo na hora que quer?

Ele está vivendo a vida dele, nos dilemas dele, com as escolhas dele e eu tenho que fazer isso por mim, logo eu que sempre tenho algo a dizer estou agora numa posição de completa dependência emocional. E se eu não encaro isso com maturidade entendendo meu lugar e vendo onde e como isso me afeta que espécie de adulto eu me tornei, sabe?

 

Então, acho que 2024 já vem trazendo consigo uma nova lição e a minha lição é resgatar meu amor próprio que talvez seja o que eu perdi e não estava sabendo dar nomes.

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