Passado um ano desde a última vez que postei algo aqui,
muita coisa mudou, passei por muitas situações que em algum momento exponho nesse
blog. Atualmente meu único problema sou eu mesmo, em algum momento nessa
jornada eu me perdi de mim, perdi algo que eu não sei ao certo o que é e ao
mesmo tempo sei que perdi. Já não sou mais a pessoa que era antes de vim para
cá.
Meu coração está completamente despedaçado por conta de um
amor impossível de viver e essa dicotomia entre o racional e o emocional travam
uma batalha dentro de mim que eu já não consigo dar conta sozinho. Tenho me
refugiado em Isabela quando sinto que não tenho mais como segurar esse universo
de sensações que quando saem de dentro de mim quase sempre são em forma de lágrimas.
lágrimas de desespero, lágrimas de tristeza e sobretudo lágrimas de ego por
saber que tenho algo que não é suficiente para mim.
Por vários momentos me julgo por me sentir assim pois é um
comportamento adolescente (e já passei dessa fase faz tempo) mas não consigo
controlar. A sensação que me passa é que me tornei uma formiga que se contenta
com restos, restos de tempo, restos de atenção, restos de afeto... Eu reduzi
quem eu sou para me caber numa situação que nem me cabe e eu sei que não me
cabe.
Meus dias tem sido insuportáveis porque estou sempre na expectativa
de que ele fale comigo, quando não fala sinto ansiedade, não consigo fazer
nada, tenho um sono horrível e estou sempre ali de olho no telefone atrás de uma
migalha que seja de atenção... Isso tem me feito tão mal, tem me afetado em
tantos níveis dentro de mim que eu só tenho vontade de dormir, dormir para
sempre.
Quando ele está com a namorada dele e eu estou presente para
mim é o pior dos castigos porque me sinto desconfortável com demonstrações de
afeto dele com ela, me sinto mal comigo mesmo por me incomodar com a felicidade
de uma pessoa que eu amo e me sinto um monstro, uma pessoa egoísta...
Eu quero conseguir daqui a um tempo ler isso e perceber que
foi só uma fase, que é um momento que passou (e que espero não ter nunca mais).
Por enquanto, segundo Isa o melhor remédio é o tempo. Mas, quando a gente sofre
temos a necessidade de que esse sofrimento acabe logo. Eu preciso me resgatar
desse oceano que eu mesmo me afoguei, preciso de um impulso que me tire das profundezas
e quando olhar no horizonte sob a água perceber que ainda existe vida, existe
graça nas coisas...
Por hora, a muito custo tenho evitado procurá-lo, só
respondo algo quando ele me pergunta porque é uma forma de me proteger de mim
porque pior que ele falar, sou eu falar e não ter a resposta na hora que quero
e na vida quem tem tudo na hora que quer?
Ele está vivendo a vida dele, nos dilemas dele, com as
escolhas dele e eu tenho que fazer isso por mim, logo eu que sempre tenho algo a dizer estou agora numa posição de completa dependência emocional. E se eu não
encaro isso com maturidade entendendo meu lugar e vendo onde e como isso me
afeta que espécie de adulto eu me tornei, sabe?
Então, acho que 2024 já vem trazendo consigo uma nova lição
e a minha lição é resgatar meu amor próprio que talvez seja o que eu perdi e
não estava sabendo dar nomes.
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